9/30/2006

Chefe da polícia Indiana acusa paquistão


O Chefe da Policia que conduz a investigação dos ataques bombistas em mumbai que em julho passado provocaram mais de 200 mortos afirmou que que os serviços secretos paquistaneses estão por detrás dos ataques.

A.N. Roy afirmou também que o atentado foi levado a cabo por elementos da
Lashkar-e-Tayyaba um grupo islamico paquistanes ajudados por o movimento de estudantes islâmicos da India.

O Chefe da policia declarou que os paquistaneses se introduziram na india atraves da fronteira com o Paquistão enquanto outros entraram no país através do Nepal e Bangladesh.

Relações Conturbadas :

Desde a declaração de independencia em 1947 que as relações entre a India e o Paquistão têm sido conturbadas.

Quando os ingleses deixam o subcontinente indiano criam-se duas nações , A India de maioria Hindu , e o Paquistão de maiora muçulmana.

Milhões de Hindus fogem dos territorios do paquistão muçulmano e milhões de muçulmanos fogem da india de maioria Hindu.


A questão de Cashemira:


Ainda durante a administração britânica , os Governadores de mais 200 pequenos estados que estavam ligados ao reino Unido são convidados a declarar se desejam que o seu estado se integre na India ou Paquistão.
O prazo para essa declaração é Agosto de 1947.
O Governador do estado de Chashemira , tal como outros Governadores , tinha também de declarar a que estado se deveria juntar- Se à India se ao Paquistão.

A maioria da população de Cashemira era muçulmana mas o Governador do Estado era Hindu.

No inicio de Outubro de 1947 ocorrem disturbios entre muçulmanos e hindus , em Cashmira. Elementos Pastun muçulmanos vindos do Paquistão , entram no território .

26 de Outubro o Governador do Estado deixa a Capital Srinagar e foge para Jamu .
Às primeiras horas do dia seguinte tropas indianas começam a chegar à capital do Estado de Cashemira.

Os indianos dirão depois que o Governador assinou Declaração de Integração na India e as tropas Indianas chegam a Cachemira após essa declaração.
O Paquistão irá manter que o Governador assinou a declaração de integração na India após a chegada das tropas indiana tendo-o feito sob coação.
Entre 1947 e 1948 Indianos e paquistaneses defrontam-se pelo controle de Cashemira.
É a primeira guerra indo paquistanesa.
A provincia de Kashmir acaba por ficar dividida ,um terço administrado pelo paquistão, 2 terços administrados pela india.
Em 1965 ocorre novo conflito.


O Conflito do Bangla Desh.

Em 1971 a India e o Paquistão travam novo conflito.

A população do Paquistão Oriental revolta-se contra o exercito paquistanês....., os combates provocam dez milhões de refugiados paquistaneses e a India intervém.
As tropas paquistanesas rendem-se e é declarado um novo estado : O Bangla Desh.

Em 1999 India e Paquistão chocam-se de novo.
Militantes muçulmanos infiltram-se na Cachemira administrada pela india .
No auge do conflito são lançados milhares de obuses de artilharia por dia e a india lança dezenas de ataques aéreos contra forças vindas do paquistão.

As duas potências nucleares ficam à beira da guerra.

Por fim o paquistão manda retirar as forças que se haviam infiltrado na Kashemira indiana.


Em 2001 India e Paquistão ficam de novo chocam-se outra vez .

Militantes muçulmanos lançam ataque contra parlamento cashmira , na capital , Srinagar.
Morrem 38 pessoas.
Um mês mais tarde , a 13 de Dezembro , é o Parlamento indiano que é atacado .
A India concentra tropas na fronteira com o Paquistão e culpa plos ataques ,os militantes muçulmanos treinados na Caxemira Paquistanesa.

O Paquistão nega que militantes muçulmanos por si treinados ou apoiados sejam os responsáveis .
Os dois gigantes nucleares ficam à beira da guerra.

Cerca de um mês mais tarde, em Janeiro de 2002 , o Presidente Mushraf afirma que o Paquistão irá deixar de apoiar os militantes muçulmanos que lutam pela indepência de Caxemira .
A tensão entre os dois países diminui
Em 2003 o Primeiro Ministro da India, num discurso estende a mão da amizade ao paquistão.
Inicia-se um processo de degelo.
11 de julho de 2006 , 7 bombas explodem em comboios em Mumbai matando 200 pessoas.
A polícia indiana acusa agora o paquistão de estar por trás dos atentados.

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Newsweek Em Casa e Lá Fora- O Debate

A Internet é um local propício a debates.
Encontramo-nos anónimos...,não temos as inibições que teríamos se debâtessemos a questão face a face..., e o debate inflama- se.

Aqui vai mais um.

No blog Jornalismo e Comunicação o amigo Manuel Pinto colocou um post que reproduzo.

Clique aqui para ver o Post Original

Newsweek em casa e lá fora


A edição desta semana da Newsweek apresenta uma capa para consumo interno (nos Estados Unidos da América) e uma outra, completamente diversa, comum a todas as edições internacionais. Adivinhe qual a que circulou nos EUA.

(Fim Post de Manuel Pinto)

Eu não resisto à tentação de responder ao texto e inicia-se o debate.

peter42y

O anti americanismo luso faz-me nervos.
Comemos hamburgueres.., utilizamos o carrito popularizado plo ford..., ligamo-nos ? internet..,vê-mos filmes de holywood..., mas dizemos mal dos americanos.
Vem isto a propósito da resposta certa à vossa questão que suponho ser a de que a capa internacional do newsweek é aquela do afeganistão e a internacional a outra.
A inferência que fazem é òbvia.
Os " americanos " querem esconder do povo certas realidades.
Se vissem certos relatórios da câmara dos representantes ficariam parvos.
E foi no washington post notícias de que durante a noite em Baghdad o tiroteio ferve.
Nós é que estamos convencidos de que eles não querem mostrar.
Eu publico em blog americano . Isto é , a sociedade americana é mais aberta que a europeia e quanto à sociedade àrabe nem se fala.
Porém nós gostamos de dizer mal dos americanos.
Notável.

Flavia responde :

on 9/29/2006 12:04 PM

Mas onde é que esta o anti-americanismo? E luso?? Acho que ha questoes, quer dizer, capas, tao obvias....

Capitao Gancho

O Peter Pan nao deve saber o que quer dizer inferencia. Quem faz a inferencia é ele proprio e não o autor do post. Este limita-se a expor factos e a desafiar o leitor a dar uso à massa cinzenta.
Até agora, o unico a inferir eh o Peter Pan.
Depois o Peter Pan confunde o todo com uma fraccao de uma das partes. Nao vejo nada aqui contra os americanos. Percebe-se eh que na cabeca do Peter Pan existe uma confusao danada.
Nao deixa de ser significativo que o Peter Pan imagine que comer hamburgueres, andar de automóvel, ligar-se ah Internet ou ver filmes de Hollywood eh uma profissao de fe americana e que mesmo admitindo que o fosse isso deveria inibir qualquer critica contra aspectos criticaveis da sociedade americana.
O Peter Pan deve pensar que todos acreditamos na Sininho.
Para a estatistica do Peter Pan fica o registo: eu como peixe grelhado, utilizo um carrito popularizado pela VW e que eh muito economico graças ao senhor Diesel, ligo-me ah Web utilizando um protocolo inventado na Europa pelo CERN e vejo filmes que só a invenção europeia do cinema permitiu.
Mas nao tenho nada contra os americanos. Tenho muitos amigos americanos (especialmente americanas) e gosto muito dos Estados Unidos. Não gosto eh dos idiotas que pensam que os outros sao parvos.


Peter responde :

O autor do post mostra duas capas do newsweek.

E depois deixa uma pergunta: " Adivinhe qual a que circulou nos EUA.".
Essa pergunta nao eh feita por acaso . Ela sugere que nos estados unidos por algum motivo a capa do newsweek naum traz o tema que eh a derrota da nato no afeganistaum
Ela sugere que nos estados unidos se pratica alguma forma de censura.
O post naum estah feito para nos fazer pensar.
Está feito para nos fazer concluir o costume -Para nos fazer concluir aquilos que todos pensamos - a américa nao presta, nós é que somos bestiais.
Na minha cabeça nao existe confusao nenhuma e prova foi a reacção ao meus post.
O meu texto tocou na ferida e as pessoas reagiram.

Peter42y responde a Flávia

A Flávia escreve :

" Hà capaz tão òbvias "

Nao vejo sinceramente nada de obvio nas capas senão esse preconceito contra a america.
O que se pode inferir destas ?
Infere-se que nos estados unidos se não fala do estrangeiro, do que se passa no mundo ?
Em portugal é que se nao fala do que se passa lá fora.

É isso que nos diz mario mesquita , no DN.

No USA today , pelo menos online, fala-se do que se passa no mundo.

Ultimas noticias do USA Today de hoje 30 de Setembro

Latest headlines

India: Pakistan behind train bombs Country denies allegation.

Suicide bomber kills 12 Afghanistan's Interior Ministry struck.

Al-Zawahri: Bush is a liar Al-Qaeda leader lashes out at U.S.
Guard detained in Iraq Suspected of planning car bomb attack.
Wisconsin principal dies Teenage student charged with murder

4 das cinco notícias são referentes ao internacional.

O New York Times , o mais influente jornal americano, publicou fugas de informação sobre relatório que afirmava que invasao do iraque havia aumentado o radicalismo muçulmano.

Não entendo pois como se acha significativo uma capa do newsweek nao trazer reportagem sobre o afeganistão quando o USA Today , o New York Times e o diabo a sete estao cheios de más notícias para a administração Bush.

Assim sendo só posso interpretar a escolha das capas como anti americanismo primario

A ùnica coisa òbvia que vejo é um antiamericanismo já que se o newsweek escolheu tema doméstico para a capa outra imprensa dos EUA e CNN , têm divulgado relatórios nada favoráveis à administração Bush.

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Mais uma Pró Lixo

Pois foi amigo leitor.
Mais uma notícia que escrevi para o lixo


A Notícia Não Conseguiu Ver a Luz do Dia .



Repare-se a notícia recusada faz sentido.
Uma legenda original de foto da AP refere exactamente o mesmo episódio que refere o texto recusado.








Tradução Legenda da AP

O Presidente Palestino Abbas numa reunião da Comissão Executiva da OLP , dia 25 de Setembro de 2006, em Ramallah.
Abbas avisou no fim de semana que as negociações para formação de governo palestino não estavam a ir a lado nenhum devido às posições extremistas do Hamas.
Um acordo feito em meados de Setembro era vago no que se referia ao reconhecimento de Israel e desde então ambos os lados ofereceram diferentes versões do acordo assinado.
As negociações entre A Fatah e o Hamas recomeçam Terça Feira


veja aqui o que acontece a seguir em Ramalah , na palestina.

Cunhado Juiz morto

Cunhado de juiz que expulsou Saddam de tribunal é assassinado

Homens armados mataram nesta sexta-feira Kadhim Abdul Hussein, cunhado do juiz que preside o julgamento de Saddam Hussein por genocídio contra os curdos. A mulher e os dois filhos de Abden Hussein também foram atacados. Todos se feriram gravemente e foram hospitalizados.

A família foi atacada quando se preparava para deixar a casa em que viviam, acompanhada por um caminhão de mudança. Eles haviam resolvido se mudar para escapar da violência sectária que atinge a região.

Aparentemente, o ataque foi uma represália às três vezes em que o ex-ditador foi expulso do tribunal por discutir ou desacatar o atual juiz do caso, Mohammed Oreibi al Khalifa. Se isso for confirmado, esta será a primeira vez que a violência que envolve os julgamentos de Saddam sinaliza uma intimidação direta aos membros do tribunal --apoiados pelos Estados Unidos. No último ano, três advogados da defesa de Saddam foram assassinados.

Al khalifa --que substituiu o juiz anterior, acusado de ser complacente com Saddam-- preside desde o final de agosto o processo do ex-ditador e de seis de seus colaboradores, julgados pela Operação Anfal, nome da campanha de ataques maciços lançados pelo Exército iraquiano entre 1987 e 1988 contra a comunidade curda no norte do Iraque.

Saddam e os outros réus --entre eles seu primo Ali al Majid --conhecido como "Ali, o Químico"-- podem ser condenados à pena de morte pelos crimes.

Violência

Nesta sexta-feira, a polícia iraquiana encontrou 25 corpos espalhados por Bagdá nas últimas 24 horas, nove deles dentro de um carro-bomba. Ontem, a mesma cena repetiu-se nas ruas da capital, onde 40 corpos foram encontrados.

A quantidade de vítimas encontradas em becos e ruas de Bagdád revelam a falta de controle da Defesa iraquiana e da coalizão liderada pelos Estados Unidos sobre a violência sectária que atinge o Iraque desde fevereiro último, quando um dos mais importantes templos xiitas no Iraque foi atacado na cidade de Samarra.

Ontem, uma nova mensagem de áudio atribuída à rede terrorista Al Qaeda no Iraque pediu que a insurgência realize mais ataques e atos de violência no país --incluindo raptos de estrangeiros.


A mensagem insta militantes a acirrar a "guerra contra o Ocidente" no Iraque durante o Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos], que termina no final de outubro. "Peço que os combatentes intensifiquem os ataques durante este mês", diz.

Relatórios de várias coalizões informam que as matanças entre xiitas e sunitas são levadas a cabo por diferentes grupos [gangues e esquadrões da morte].
Elementos das Brigadas de Al Mahdi, criadas pelo clérigo Al Sadr, é uma das maiores e mais poderosas milícias xiitas armadas do Iraque. Segundo informações confidenciais elementos do exercito do mahdi agem por conta própria.
Na última sexta-feira, Al Sadr pediu a seus seguidores que não usassem de força contra as tropas dos Estados Unidos presentes no Iraque. "Eu quero uma guerra pacífica contra eles [americanos], e não um derramamento de sangue", disse Al Sadr.
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9/29/2006

A propósito do corte de textos enviados para jornal

Os jornalistas têm o péssimo hàbito de cortar os textos que publicam.
(Acho incrível).
Um texto é um conjunto, é uma criação.
E enquanto criação deve ser respeitada.
O Director tem o direito de publicar ou não.
Agora cortar textos..,acho demais.
Imagine-se que escultor deseja mostrar ao público obra sua.
E vai a um museu ver se as esculturas podem ser expostas.

O director do museu aceita expôr as obras.., mas quando passadas semanas o escultor vê por fim as suas obras expostas , repara que o director do museu arrancou a cabeça e dois braços a uma escultura.., a outra deixou-a pintada de preto a escorrer uma massa branca.....,.

" Assim as suas esculturas ficam melhor " - Diz o director do museu para o escultor.

A escultura sem dois braços pode ficar bem melhor...,mas o escultor é que pode não gostar de ver o seu trabalho adulterado.

O editor livreiro não se sente no direito de cortar cinco capítulos de uma obra literária.

Mas o jornalista armado com a tesoura.., corta como se fosse deus e soubesse melhor que o autor do texto a mensagem que este queria transmitir.
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Liberdade e Diversidade




Liberdade e Diversidade

O conceito clássico de liberdade de imprensa não é suficiente para manter um clima saudável de liberdade .

Quem não fôr politicamente correcto..., tem grande probabilidade de nunca lhe vir a ser dada voz na imprensa ou em outros media.

O políticamente correcto é publicado.

O politicamente incorrecto é ,muitas vezes , censurado.

Instala-se assim uma censura .
A censura do políticamente correcto.

E isto acontece em países onde existe liberdade de expressão e liberdade de imprensa.

O conceito clássico de liberdade de imprensa não é pois suficiente para manter uma comunicação social onde vários pontos de vista se possam exprimir.

O próprio conceito de liberdade de imprensa, é utópico.

Nem toda a gente que escreve para um jornal pode aspirar à liberdade de ser publicado.

A liberdade não é pois completa.

Para além do conceito de liberdade de imprensa devia-se também falar no conceito de diversidade na imprensa.

Isto é : Em determinado momento , vários pontos de vista , várias correntes de opinião deviam poder manifestar-se de forma a que os media fossem multicoloridos , expressando a diferença e não o cinzetismo do políticamente correcto.

O conceito de liberdade de imprensa não basta para assegurar a liberdade.

Hà que introduzir o conceito de diversidade na imprensa já que só dessa forma se pode escapar à ditadura da maioria, à ditadura do políticamente correcto.
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O Diabo Esteve Aqui

Durante um discurso à ONU ,20 de Setembro de 2006 , Hugo Chavez ,presidente da Venezuela junta as mãos em oração após ter afirmado que o Diabo - GW Bush - ali havia estado no dia anterior.


Dia 19 de Setembro George W Bush dirigiu-se à Assembleia das Nações Unidas.

O tema do discurso foi o mundo novo pelo qual os Estados Unidos lutam, segundo o Presidente Norte Americano.
Bush recorda que há cinco anos atrás se dirigiu à Assembleia Geral da ONU e nesses 5 anos progressos foram feitos no sentido da democratização do médio oriente.
5 anos atrás o Afeganistão era governado por um regime brutal –refere Bush- e agora existe um governo democraticamente eleito no País.
" Cidadãos votaram nas eleições municipais na Arábia Saudita , e em eleições parlamentares na Jordânia e Bahrain ...."- Refere o Presidente Americano.

" Alguns argumentam que as mudanças democráticas que estamos a ver no médio oriente estão a desestabilizar a região " " Este argumento assenta na falsa premissa de que o Médio era estável " – Afirma o Presidente.
" Imagine-se o que é ser jovem e viver-se em um país que se não move rumo a reformas. /.../ .Enquanto os jovens em outras partes do mundo receberam instrução que os prepara para as oportunidades da economia global , tu foste alimentado com propaganda e teorias da conspiração que culpam os outros pelas dificuldades do pais.
E para onde quer que te vires , tu ouves extremistas que te dizem que podes escapar à miséria e recuperar a dignidade através da violência e terror e martírio. . Para muitos no médio oriente esta é a escolha com que são confrontados diariamente".- Continua Bush.
Para contrariar esta situação há que apoiar líderes democráticos, reformadores, defende o Presidente Americano. .
Lideres democráticos são menos inclinados a procurar grandeza para os seus países através do terror e da conquista.- Afirma ele.




George Bush vai a seguir dirigir-se aos povos da Síria ,Irão, Afeganistão Iraque e Dafour .
Também vai abordar a situação em Israel e territórios palestinos.
No que se refere à Síria Bush afirma que o Governo do pais tem de terminar com o seu apoio ao terrorismo.
No que se refere ao Irão Bush condena o apoio ao terrorismo também e as ambições nucleares do Pais.
Em relação ao Afeganistão Bush promete continuar a apoiar a democracia afegã.
Dirigindo-se aos iraquianos Bush declara que continuará a lutar para que a democracia no país vingue.
Referindo-se ao conflito Israel Palestina o Roteiro para a paz que preconiza dois estados entre o Jordão e o Mediterrâneo e afirma que o Hamas tem de se decidir se pertence ao campo do extremismo ou ao campo moderado.
Bush dirige-se ao povo de Dafour referindo que o conselho de segurança apoiou uma força mais robusta da ONU para a região e ele mesmo nomeou um representante especial para a região.





O Diabo esteve aqui

No dia seguinte, 20 de Setembro, é o Presidente da Venezuela Hugo Chavez que sobe à mesma tribuna das Nações Unidas.

Chavez inicia o discurso convidando a audiência a ler um trabalho de Chomsky :" Hegemonia ou Sobrevivência. A estratégia imperialista dos estados unidos.".

Segundo o presidente venezuelano essa obra é fundamental para entender o a maior ameaça actual ao planeta, o Imperialismo..
" A pretensão hegemónica do imperialismo americano põe em risco a sobrevivência da espécie humana " – Afirma Chavez.

" Ontem esteve aqui o diabo. , neste sitio mesmo.
- Declara o presidente da Venezuela .
Ouvem-se aplausos na audiência.
Chavez benze-se.., beija o polegar, junta as mãos como que numa oração .
" Cheira a enxofre nesta tribuna , nesta tribuna de onde estou a falar "- Diz Chavez
Ontem – senhoras e Senhores - o presidente dos estados unidos a quem eu chamo o diabo veio aqui falar como dono do mundo. Um psiquiatra não seria demais para analisar o discurso do presidente dos estados unidos ".


Depois de citar a frase onde Bush diz que um jovem no médio oriente para onde quer que olhe se vê rodeado de extremistas , o Presidente da Venezuela declara:

" Para onde quer que Bush olhe , olhe ele vê extremistas."- Diz o Presidente da Venezuela.
/.........../
" Não somos extremistas ; O que se passa é que o mundo está a despertar e por todo o lado os povos se insurgem".- Declara Chavez.
Chavez refere depois que o Presidente Americano no discurso dele se dirige aos povos do Iraque.., do Líbano.., da Síria..
Mas o que diriam esses povos a Bush ? – Pergunta Chavez.

" Diriam : Império Yankee go home. Esse seria o grito que brotaria com uma só voz de todos os lados se os povos do mundo pudessem falar .
A seguir Chavez vai propor uma reforma das nações unidas.

O Poder do Secretário Geral deveria ser reforçado,
No conselho de segurança os seus membros deveriam deixar de ter poder de veto e deveria ser alargado o numero de países representados neste
O Presidente da Venezuela agradece também aos países que apoiaram a candidatura do seu país a membro não permanente do conselho de segurança.


Chavez refere que a Venezuela está pronta a lutar contra o terrorismo.
Nos estados unidos estão refugiados vários terroristas, refere o Presidente da Venezuela.
Os estados unidos apoiam o terrorismo.


O Presidente da Venezuela faz finalmente um apelo para que se apoie o movimento dos não alinhados de que a Venezuela é membro.
Esse movimento é importantíssimo para o nascimento de nova era.
Afirma o Presidente



" Cheira a Enxofre mas Deus está connosco.
Um abraço e que Deus nos abençoe a todos".
Muito Bons Dias.
É assim que termina o discurso do Presidente venezuelano.



Na Assembleia ouvem-se aplausos.







Clique aqui para ler artigo da BBC sobre o mesmo tema

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09 28 06 Quarter million Iraqis flee sectarian violence

Quarter million Iraqis flee sectarian violence

28 september 2006

By Ahmed Rasheed and Peter Graff2 hours, 27 minutes ago

A quarter of a million Iraqis have fled their homes and registered as refugees in the past seven months, data released on Thursday showed, amid an upsurge in violence that has accompanied the Ramadan holy month.

The sectarian killing continued in Baghdad, where police said they had found the bodies of 40 victims -- bound, tortured and murdered -- in the last 24 hours.

The United States says violence in Iraq has surged in the last two weeks, with this week counting the most suicide bombs of any week since the war began in 2003.

U.S. forces predicted a surge in violence with Ramadan and have proven right so far, with bombings and clashes mounting since Sunni Muslims began observing the holy month on Saturday.

The registered refugee figures showed 40,000 families -- 240,000 people -- claiming assistance, up from 27,000 families in July. The figures do not include an uncounted number of Iraqis who have moved home without claiming aid.

"The reason for this increase is that the security situation in some provinces has deteriorated considerably, forcing people to leave their homes in fear for their lives," said Migration Ministry spokesman Sattar Nowruz.

BOMBS

A car bomb and a roadside bomb exploded in quick succession in the Saadoun district of central Baghdad on Thursday, killing four people and wounding 38, police said. At least five other bombs went off in the capital, killing at least three and wounding 30.

Mortar rounds landed on a district in the southwest of the capital killing four. Bombs exploded in Mosul and Numaniya.

U.S. commanders have focused their efforts on the capital Baghdad over the past two months and say they have managed to reduce the number of sectarian death squad killings in the scattered neighborhoods they have targeted.

But the killers seem to have moved to other neighborhoods and violence has not subsided in the city as a whole.

Death squads were returning to one of the areas the Americans had cleared, Ghazaliya, because police were allowing the killers back in, said a senior U.S. military official who briefed reporters under condition he not be named.

"We would ascribe that to probably some measure of some element in MoI facilitating the re-entry of folks into the area," said the official, referring to the Ministry of the Interior which oversees the police.

He described a surge in death squad killings since February by militants within the Mehdi Army of cleric Moqtada al-Sadr, including some who had become "rogue" and were no longer under Sadr's control.

The death squads have been seeking out victims using lists of targets and placing them before clerics who give religious sanction to their killings, he said, giving one of the most detailed descriptions of U.S. intelligence on the violence.

Since June they have carried out mass kidnappings, often of dozens of people stopped at a roadblock and separated out by their religion. They are held, tortured and killed.

"The hallmark we looked at frankly was individuals who had been hands bound, shot in the back or head, often, very often, indicated signs of torture on the body," he said.

Copyright © 2006 Reuters.
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O Crescente e a Cruz


O Crescente e a Cruz.

1- A Palestra do Papa.
Dia 9 de Setembro de 2006 O Papa inicia uma visita à Alemanha .
4 dias depois , a 13 de Setembro, o Sumo Pontífice faz uma palestra na universidade . Regensburg onde havia ensinado Teologia entre 1969 e 1977.
O tema central da palestra é a fé , a razão.
Numa primeira parte da comunicação o Papa refere-se ao Islão.
Numa segunda parte da palestra o Papa debruça-se sobre a relação entre a razão e a fé no ocidente mas essa segunda parte da palestra do Sumo Pontífice não será aqui abordada..
O Papa inicia o discurso recordando que quando leccionava na Universidade de Bona , uma vez por semestre estudantes e professores reuniam-se e discutiam entre si todas assuntos referentes a todas as áreas do conhecimento .
Esse livre exercício da razão era por todos aceite.- Diz o Papa .
A seguir o Sumo Pontífice refere que a leitura de um texto escrito pelo Imperador Bizantino Manuel II. , em 1494 lhe trouxe à memória essas recordações.
Nesse texto escrito provávelmente pelo próprio Imperador Bizantino entre 1394 e 1402 , reproduz-se uma conversa ocorrida entre este e um erudito muçulmano.
No diálogo confronta-se a fé cristã com o Islão.
Diz o Papa na sua palestra:
" Na sétima conversa editada pelo professor Koury , o imperador aborda o tema da guerra santa . /..../.
E um pouco mais à frente o Papa continua : " Sem descer a pormenores tais como a diferença de tratamento dada pelos muçulmanos aos detentores do livro [ cristãos e judeus] e aos infiéis ,
o imperador refere-se com surpreendente brusquidão , uma brusquidão que nos deixa atónitos, à questão central da relação entre a violência e a fé .
" Mostrai-me o que Maomé trouxe de novo e aí só encontrareis coisas ruins e desumanas ,tais como o seu mandamento de espalhar a fé que ele pregava através da espada ".
Após citar estas palavras do Imperador Manuel II , o Papa continua :
" Depois de se ter exprimido de forma tão enérgica o Imperador detalha as razões pelas quais espalhar a fé através da espada é algo irracional . A violência é incompatível com a natureza de Deus e a natureza da alma . " Afirma o Imperador Bizantino "Deus não se alegra com sangue e agir de uma forma irracional é contrário à sua natureza."- declara Manuel II. " A fé nasce do espirito e não do corpo . Quem quer que deseje guiar outro para a fé tem de usar a eloquência e raciocinar de forma correcta sem recorrer à violência ou ameaças/..../".
Depois de citar Manuel II , o Papa continua:
A afirmação decisiva neste argumento contra a conversão forçada é a seguinte : Não agir de acordo com a razão é contra a natureza de Deus".
Os muçulmanos não irão gostar de se ver retractados como tendo uma fé que se expande através da espada.
Para além disto o Papa cita também o editor Theodore Koury .
Este afirma que " para o ensinamento muçulmano Deus é uma entidade completamente transcendente que não está limitada por nenhuma das nossas categorias, nem mesmo pela categoria da razão "
Esta afirmação de Theodore Koury de que o Deus muçulmano não se encontra limitado por nenhuma categoria da razão também não irá cair bem em alguns círculos Islâmicos


2 - A Reacção do Islão
15 de Setembro , Sexta Feira, o website Al Jazeera noticia que líderes religiosos muçulmanos criticaram declarações do Papa.
Na mesma noticia refere-se que no Egipto o Chefe da irmandade Muçulmana havia apelado a que os países islâmicos cortassem relações com o Vaticano no caso do Papa não retirasse as afirmações que havia proferido.
Reagindo a uma onda de críticas logo na quinta feira 14 de Setembro um porta voz do Vaticano divulga um comunicado em que se pode ler que não havia sido intenção do Papa realizar um estudo aprofundado sobre noção de jihad.
Ainda menos havia sido intenção do Papa ofender a sensibilidade dos crentes muçulmanos – Podia ler-se nesse comunicado.
O Santo Padre deseja cultivar uma atitude de respeito e diálogo com religiões e culturas , incluindo evidentemente o Islão , afirma-se .
Estas declarações do Vaticano não serão porém suficientes para acalmar os ânimos , e os protestos do Islão continuarão.
A 15 de Setembro, o Parlamento do Paquistão adopta por unanimidade uma declaração condenando as declarações do Sumo Pontífice e solicitando que este peça desculpa pelas afirmações feitas..
A 16 de Setembro a Associated Press noticia que o partido no poder na Turquia acusa o Papa de fazer reviver a mentalidade das Cruzadas.
O Primeiro Ministro da Malásia e Presidente da Organização da Conferência Islâmica , afirma também que o Papa deve pedir desculpa pelas afirmações feitas , noticia-se no mesmo texto da associated press.
16 de Setembro a agência de notícias do Kuwait refere que.
numa declaração publicada num jornal saudita a mais alta autoridade deste país condenou vigorosamente as falsas afirmações do Papa e afirmou que o Islão é uma religião de Paz que abomina a violência e o terrorismo .
Como que respondendo às afirmações do Imperador Manuel II , citadas pelo Papa, "O Sheik Saudita afirmou também que o Islão se havia espalhado porque os povos o haviam aceite ".
Ainda a, 16 de Setembro, o Secretário de Estado do Vaticano divulga nova declaração onde se pode ler que o facto de o Papa citar palavras do Imperador Manuel II , não significa ele as subscreva.
Mas os protestos continuam.
15 , 16 de Setembro cocktails mollotof são arremessados contra igrejas cristãs palestinas.
Domingo 17 de Setembro o Primeiro Ministro Palestino Haniyeh irá condenar estes ataques.


3 Declaração Pessoal do Papa
Domingo ,17 de Setembro , da varanda da sua residência de verão em Castel Gandolfo , perante centenas de fiéis é o próprio Papa em pessoa que declara
encontrar-se profundamente desolado pelas reacções suscitadas em alguns países por algumas passagens da sua palestra consideradas ofensivas para muçulmanos.
Essas passagens eram parte de uma citação de um texto medieval de um que de nenhuma forma reflecte o meu pensamento , refere o Sumo Pontífice.
O Papa diz ainda que espera que as suas palavras contribuam para pacificar os corações e clarificar o verdadeiro sentido da sua palestra que na sua totalidade apelava e apela para um diálogo franco e sincero , no respeito mútuo.
Segunda Feira num acontecimento sem precedentes o jornal do Vaticano ossevatore romano de segunda feira , publica as declarações do Papa em várias linguas , Arábico incluído.
A reacção do mundo Islâmico é mista.
Enquanto eruditos muçulmanos indonésios se dizem satisfeitos com as palavras de Bento XVI proferidas domingo ,
A universidade de al-Azhar al-Shareef no Cairo , uma das mais respeitadas instituições académicas sunitas, emite comunicado onde se pode ler :
"O papa tem de apresentar pedido de desculpa fazendo mais uma declaração onde claramente rejeite as afirmações do Imperador Bizantino"
Na quarta feira 20 Bento XVI em pessoa , uma vez mais comenta a sua palestra de 12 de Fevereiro
"Para um leitor atento da minha palestra é claro que de nenhuma forma desejei fazer minhas as palavras negativas em relação ao Islão, pronunciadas pelo Imperador medieval , e o conteúdo polémico dessas afirmações não reflecte as minhas convicções pessoais".
-Afirmou o Papa na Praça de S Pedro ,em Roma.
O Papa declarou que nessa palestra havia desejado explicar que a razão e a religião eram compatíveis, não a religião e a violência.
O Papa afirmou também o seu profundo respeito pelos muçulmanos que ,segundo referiu , adoram o deus único e com os quais os católicos estão empenhados em defender e promover a justiça social , os valores morais , a paz e a liberdade de toda a humanidade

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09 28 06 Cleric is said to lose reins over part

Cleric is said to lose reins over part of Iraqi militia
By Sabrina Tavernise The New York Times

Published: September 28, 2006
BAGHDAD The radical Shiite cleric Moktada al-Sadr has lost control of portions of his Mahdi Army militia that are splintering off into freelance death squads and criminal gangs, a senior coalition intelligence official said Wednesday.

The question of how tightly Sadr holds the militia, one of the largest armed groups in Iraq, is of critical importance to American and Iraqi officials. Seeking to ease the sectarian violence raging across the country, they have pressed him to join the political process and curb his fighters, who see themselves as defenders of Shiism - and often as agents of vengeance against Sunnis.

But as Sadr has taken a more active role in the government, as many as a third of his militiamen have grown frustrated with the constraints of compromise and have broken off, often selling their services to the highest bidders, said the official, who spoke to reporters in Baghdad on condition of anonymity because he was not permitted to speak publicly on intelligence issues.

"When Sadr says you can't do this, for whatever political reason, that's when they start to go rogue," the official said. "Frankly, at that point, they start to become very open to alternative sources of sponsorship." The official said that opened the door to control by Iran.

Sadr's militia - dominated by impoverished Shiites who are loosely organized into groups that resemble neighborhood protection forces - has always operated in a grass-roots style but generally tended to heed his commands. It answered his call to battle American forces in two uprisings in 2004, and stopped fighting when he ordered it. But as the violence in Iraq has spread, evidence of freelancing Shiites has accumulated.

After the bombing of a Shiite shrine in Samarra in February, bands of militants dressed in black, the favorite color of Sadr loyalists, drove into neighborhoods, kidnapping and killing Sunnis. Sadr, who was abroad at the time, returned home and gave a rare public speech calling on his followers to stop, even proposing joint prayer sessions with Sunni clerics. Still, the rampage continued.

In Basra, a province in southeastern Iraq, Sadr has less direct control over militiamen, and they have tended to operate to suit their own agenda. Local leaders there have said that he has disciplined some members and fired others, but with little overall effect. He has run through four different leaders in Basra, according to the intelligence official, and has even had to shut offices temporarily, when local leaders ignored him and acted on their own.

Sadr is still immensely powerful, with as many as 7,000 militiamen in Baghdad, the official said. And the cleric has turned that firepower into political might. His candidate list won about 30 seats in Parliament this year, one of the largest shares. The participation was a central goal for American officials, who tried for months to persuade him to stop fighting and enter politics.

Still, six major leaders here no longer answer to Sadr's organization, according to the intelligence official. Most describe themselves as Mahdi Army members, the official said, and even get money from Sadr's organization, but "are effectively beyond his control." Some of those who moved away from Sadr saw him as too accommodating to the United States. Others saw him as too bound by politics, particularly as killings of Shiite civilians in mixed neighborhoods began to soar.

"They're not content to sit there and just defend their family on the street corner," the official said. "They want to go out and take on what they view as Al Qaeda or Baathists or both in aggressive measure."

One example is Abu Dera, a fighter in the Shiite stronghold of Sadr City in the capital who used to be loyal to Sadr. Residents said that as he began to gain a reputation for killing Sunni figures, Sadr told him to stop. But he ignored the order, and now he is referred to as the "Shiite Zarqawi," after Abu Musab al-Zarqawi, the terrorist leader who exhorted Sunnis to kill Shiites.

"He started against the Americans, but he moved on to killing Sunnis," said Sattar Awad, a 29-year-old resident of the district. "People here look at him as a brave man."

American forces are hunting for Dera, the intelligence officer said, but he has eluded capture.

Although the splintering has solved some problems for the American military, it has raised new ones. "In some ways it makes it easier for me because I now have digestible doses I can deal with," said a senior American military official at a briefing on Wednesday, also in Baghdad. "At the same time it creates problems because they are harder to find when they are splintered."

The splintering has changed the tone of the American military's interaction with the Mahdi Army in Sadr City. In past years, American forays into the area would often draw a storm of grenade attacks. But recent American moves into the area have been carried out relatively peacefully: Sadr has not ordered attacks because the men being sought were freelancers like Abu Dera, the intelligence officer said.

The fighters' defections have raised the troubling prospect of more avenues of influence for Iran, the senior intelligence official said. The official cited shipments of weapons with labels that trace back to Iranian weapons manufacturers as evidence that Iran was actively aiding groups in Iraq. And that assistance has not just been limited to Mahdi Army offshoots. "They're not sure who will come out on top, so they fund everybody," the official said of Iran.

Even Sadr, who fashions himself as the quintessential Iraqi nationalist, has reached out to Iran's government, making a very public trip to Iran for talks early this year. He is also trying to reassert control over his power base at home, and to expand his influence, the intelligence official said. "What Sadr is looking for is discipline," the official said.

He said Sadr had begun to increase his exposure in the northern city of Kirkuk and in Diyala Province, both mixed-population areas north of Baghdad where sectarian disputes have been on the rise. There, he is trying to appeal by casting himself as a defender of Shiites against Kurdish and Sunni Arab factions.

Richard A. Oppel Jr. contributed reporting.

BAGHDAD The radical Shiite cleric Moktada al-Sadr has lost control of portions of his Mahdi Army militia that are splintering off into freelance death squads and criminal gangs, a senior coalition intelligence official said Wednesday.

The question of how tightly Sadr holds the militia, one of the largest armed groups in Iraq, is of critical importance to American and Iraqi officials. Seeking to ease the sectarian violence raging across the country, they have pressed him to join the political process and curb his fighters, who see themselves as defenders of Shiism - and often as agents of vengeance against Sunnis.

But as Sadr has taken a more active role in the government, as many as a third of his militiamen have grown frustrated with the constraints of compromise and have broken off, often selling their services to the highest bidders, said the official, who spoke to reporters in Baghdad on condition of anonymity because he was not permitted to speak publicly on intelligence issues.

"When Sadr says you can't do this, for whatever political reason, that's when they start to go rogue," the official said. "Frankly, at that point, they start to become very open to alternative sources of sponsorship." The official said that opened the door to control by Iran.

Sadr's militia - dominated by impoverished Shiites who are loosely organized into groups that resemble neighborhood protection forces - has always operated in a grass-roots style but generally tended to heed his commands. It answered his call to battle American forces in two uprisings in 2004, and stopped fighting when he ordered it. But as the violence in Iraq has spread, evidence of freelancing Shiites has accumulated.

After the bombing of a Shiite shrine in Samarra in February, bands of militants dressed in black, the favorite color of Sadr loyalists, drove into neighborhoods, kidnapping and killing Sunnis. Sadr, who was abroad at the time, returned home and gave a rare public speech calling on his followers to stop, even proposing joint prayer sessions with Sunni clerics. Still, the rampage continued.

In Basra, a province in southeastern Iraq, Sadr has less direct control over militiamen, and they have tended to operate to suit their own agenda. Local leaders there have said that he has disciplined some members and fired others, but with little overall effect. He has run through four different leaders in Basra, according to the intelligence official, and has even had to shut offices temporarily, when local leaders ignored him and acted on their own.

Sadr is still immensely powerful, with as many as 7,000 militiamen in Baghdad, the official said. And the cleric has turned that firepower into political might. His candidate list won about 30 seats in Parliament this year, one of the largest shares. The participation was a central goal for American officials, who tried for months to persuade him to stop fighting and enter politics.

Still, six major leaders here no longer answer to Sadr's organization, according to the intelligence official. Most describe themselves as Mahdi Army members, the official said, and even get money from Sadr's organization, but "are effectively beyond his control." Some of those who moved away from Sadr saw him as too accommodating to the United States. Others saw him as too bound by politics, particularly as killings of Shiite civilians in mixed neighborhoods began to soar.

"They're not content to sit there and just defend their family on the street corner," the official said. "They want to go out and take on what they view as Al Qaeda or Baathists or both in aggressive measure."

One example is Abu Dera, a fighter in the Shiite stronghold of Sadr City in the capital who used to be loyal to Sadr. Residents said that as he began to gain a reputation for killing Sunni figures, Sadr told him to stop. But he ignored the order, and now he is referred to as the "Shiite Zarqawi," after Abu Musab al-Zarqawi, the terrorist leader who exhorted Sunnis to kill Shiites.

"He started against the Americans, but he moved on to killing Sunnis," said Sattar Awad, a 29-year-old resident of the district. "People here look at him as a brave man."

American forces are hunting for Dera, the intelligence officer said, but he has eluded capture.

Although the splintering has solved some problems for the American military, it has raised new ones. "In some ways it makes it easier for me because I now have digestible doses I can deal with," said a senior American military official at a briefing on Wednesday, also in Baghdad. "At the same time it creates problems because they are harder to find when they are splintered."

The splintering has changed the tone of the American military's interaction with the Mahdi Army in Sadr City. In past years, American forays into the area would often draw a storm of grenade attacks. But recent American moves into the area have been carried out relatively peacefully: Sadr has not ordered attacks because the men being sought were freelancers like Abu Dera, the intelligence officer said.

The fighters' defections have raised the troubling prospect of more avenues of influence for Iran, the senior intelligence official said. The official cited shipments of weapons with labels that trace back to Iranian weapons manufacturers as evidence that Iran was actively aiding groups in Iraq. And that assistance has not just been limited to Mahdi Army offshoots. "They're not sure who will come out on top, so they fund everybody," the official said of Iran.

Even Sadr, who fashions himself as the quintessential Iraqi nationalist, has reached out to Iran's government, making a very public trip to Iran for talks early this year. He is also trying to reassert control over his power base at home, and to expand his influence, the intelligence official said. "What Sadr is looking for is discipline," the official said.

He said Sadr had begun to increase his exposure in the northern city of Kirkuk and in Diyala Province, both mixed-population areas north of Baghdad where sectarian disputes have been on the rise. There, he is trying to appeal by casting himself as a defender of Shiites against Kurdish and Sunni Arab factions.

Richard A. Oppel Jr. contributed reporting.
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6600 Mortos em 2 meses


Elementos do exército do Mahdi marcham na cidade de Sadr , Bagdad , empunhando as suas armas e o alcorão , 5 de Agosto de 2006. Os comandantes americanos no Iraque esperam uma indicação do Primeiro Ministro Iraquiano para iniciar ofensiva contra as milicias armadas, declarou um general americano , dia 3 de Agosto.(Kareem Raheem/Reuters)


6600 mortos em dois meses

30 setembro 2006

No passado Sábado , 23 de Setembro uma bomba explodiu em Sadr City , uma àrea shiita de Bagdad , fazendo 34 mortos.
A explosão deu-se junto de um grupo de mulheres e crianças que estavam junto de um camião cisterna à espera de se abastecer de combustível para uso doméstico .
“ O que é que esta gente fez ? Os pobres civis estavam a preparar-se para comprar gasolina e kerosene . Eram só mulheres e crianças.“ -
– Afirmou uma testemunha segundo se refere no website da BBC.
Os socorristas que chegaram ao local tiveram de se enrolar em cobertores molhados para chegar às vitimas, tal era o calor que se fazia sentir , noticia o Los Angeles Times.
A “ Cidade de Sadr “ , é uma Zona pobre e degradada de Bagdad onde vivem mais de 2 milhões de Shiitas .
Foi na “ cidade de Sadr “ que em 2003 nasceu o exercito do Mahdi , uma milicia fiel ao Jovem clérigo Shiita Moqtada al-Sadr.
Em 2004 a milicia de Al Sadr tenta tomar o controle das cidades Santas Shiitas de Karbala e Najav.
Esta tentativa acaba por fracassar .
A maior parte dos Shiitas são fieis ao Grande Ayatollah al Sistani , sendo Al Saqr rival deste.
Após combates com tropas americanas as milicias fieis a Al Sadr são derrotadas no centro e sul do Iraque.
A influência de Al Saqr não diminui porém e muitos dos habitantes da Cidade de Sadr em Baghdad continuam a ser-lhe fieis.
Esta zona de Baghdad deve aliàs o nome ao Pai de Al Sadr .
No actual parlamento iraquiano o jovem clérigo tem mais de 30 deputados que lhe são fieis..
O atentado na Cidade de Sadr Sábado passado foi reevindicado por um grupo Sunita e constituiu uma retaliação contra os ataques Shiitas.


Ataque à mesquita de Al Asqaria


Nos finais de fevereiro deste ano um grupo de homens armados ataca a mesquita de Al Askaria onde se encontram sepultadas duas das figiuras mais veneradas do Islão Shiita.
A Cúpula dourada da mesquita é pulverizada pela explosão.
Após este ataque dezenas de mesquitas Sunitas são atacadas por todo o Iraque e a violência aumenta por todo o país.
Nos primeiros dias após a explosão da mesquitas são mortas 1300 pessoas na violência entre sunitas e shiitas ,noticia o washington post As milicias de Al Sadr então envolvidas nessa violência, noticia o washington post na mesma notícia porém Al Sadr , ausente do Iraque, faz declaração apelando à calma.
O Der Spiegel online de 16 março deste ano noticiava que os homens de negro, do exercito do Mahdi , lançavam o terror entre residentes Sunitas que viviam entre os Shiitas em Baghdad.
Muitas das forças do ministério do interior iraquiano estão também estão infiltradas pelas milicias armadas de Al Sadr .
Sunitas que habitam zonas Shiitas ou o inverso foram obrigados a abandonar as suas casas tornando-se refugiados internos.
Existem muitos milhares de refugiados internos , no Iraque.

6600 mortos em dois meses.

Num recente relatório da ONU refere-se que durante o mês de Julho e Agosto , 6 mil civis morreram vítimas da violência.
Muitas das vitimas apresentam sinais de tortura.
As forças de segurança do ministério do interior iraquiano encontram-se também infiltradas por milicias armadas .
No início de agosto tropas americanas e iraquianas lançam em Baghdad a operação “ Em frente , Juntos “.
Essa operação tem como objectivo diminuir a violência na capital do País.


NOTA final : Este meu texto foi terminado a 25 de Setembro.
Clique aqui para ver artigo escrito por jornalista do new york times sobre o exército do Mahdi publicado dia 28 de setembro no Herald Tribune

Clique aqui para ver notícia da reuters do mesmo dia onde se refere o exército do Mahdi , Mahdi Army


Clique Aqui Para ver Notícia da AP de 5 de Outubro onde se refere o exército do Mahdi, de novo.


Clique aqui para ver noticia dos combates entre apoiantes do clérigo Sadr e tropas americanas e Iraquianas, acontecimento noticiado pelo washington post de 9 de outubro de 2006
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O fruto proibido.....

O fruto proibido é o mais apetecido
Na semana passada os media referem que um relatório confidencial norte americano se diz que a invasão do iraque aumentou o radicalismo islâmico.
Essa noticia corre mundo.
Acontece porém que um relatório público da câmara dos representantes publicado dias antes faz afirmações muito parecidas mas esse ninguém cita.

A seguir podem ler-se parágrafos de um artigo no new york times àcerca do relatório confidencial , e citações do relatório da câmara dos representantes de que ninguém falou.

Repare nas semelhanças.


Noticia do New York Times.

Cito


Serviços de Informação afirmam que Guerra do Iraque agrava ameaça terrorista.



Uma avaliação contundente das tendências do terrorismo pelos serviços de informações , chegou à conclusão de que a invasão e ocupação americana do iraque contribuiram para produzir uma nova geração de radicalistas islâmicos e que a ameaça terrorista aumentou desde os ataques de 11 de setembro .


De acordo com fontes que leram ou elaboraram o relatório em questão este documento atribui um papel mais importante do conflito no iraque no estimular do radicalismo do que aquele que é referido num relatório divulgado quarta Feira pela comissão de informações da Camara de Representantes , ou em relatórios da Casa Branca.






FIM CITAÇÃO


A CNN .., Washington Post.., los Angeles Times.....,Público fazem eco desta noticia.


Vejamos algum do conteúdo desse relatório confidencial , de acordo com o New York Times.

1 - Guerra Iraque agrava radicalismo global

O que diz o relatório confidencial :

Cito NYT :


Numa secção inicial do Relatório , “ Indicadores da difusão do movimento jihadista global “ , a guerra do Iraque é citada como um motivo para a difusão da ideologia da jihad.


O relatório refere que “ A guerra no iraque agravou o problema do terrorismo global “, afirmou um funcionário dos serviços de informação .


(fim citação)

No relatório da Câmara de Representantes ( que ninguém cita ) não se diz isso, explicitamente.
Vejamos porém um excerto do relatório :


Cito

" Osama Bin Laden continua a lucrar com a popularidade da insurreição no iraque para conseguir mais apoio para a Al Qaida e a derrota das forças da Coligação.

" Osama Bin Laden pode usar os extremistas que lutam no Iraque para lançar ataques fora desse país. Um memorando de bin laden para Al Zarqawi em 2005 indicava que Bin Laden tentava convencer Al Zarqawi a planear ataques contra os estados unidos ou aliados seus".

/......../


" Os êxitos da coligação na luta global contra o terrorismo forçaram o nucleo duro da Al Qaida a procurar outro grupos radicais sunitas ..."

/............./

" Alguns destes grupos receberam treino ,armas e financiamentos da al qaida. Outros receberam inspiração da Al Qaida simplesmente inspiração tendo continuado separados da Al Qaida operando independentemente desta. "

/......../




A rede de combatentes não iraquianos.

Para além do apoio que recebe de Al Zarqawi a al qaida recebe o apoio de combatentes estrangeiros que rumam ao iraque desestabilizar a região e impedir as forças da coligação de espalhar os valores democráticos no Iraque e países vizinhos.

Combatentes estrangeiros utilizam o Iraque para ganhar experiência de combate antes de regressar aos países de origem para conduzir ataques contra civis e governos.


Aparentemente esses combatentes estrangeiros esforçam-se para transformar a insurreição no Iraque naquilo que foi o afeganistão nos anos 80 - um ponto de união, encontro de jihadistas de todo o mundo.


/.../ De regresso a casa esses combatentes estrangeiros têm o potencial para usar os seus conhecimentos, popularidade e credibilidade para treinar novas gerações na luta contra os estados unidos e seus aliados.


(FIM CITAÇÃO)



Concluindo : Tanto o relatório confidencial como o relatório do congresso referem que o conflito no iraque agravou o problema do terrorismo.

Porém a noticia confidencial corre o mundo e o relatório disponível para todos na internet , não faz um titulo no jornal.

2

Outro facto que o relatório confidencial refere é o uso da internet para espalhar a mensagem Islâmica.



O que diz o relatório confidencial, segundo o New York Times

CITO

O relatório confidencial também analisa também como é que a internet ajudou a espalhar a ideologia da jihad e como o cyber espaço se tornou um refúgio para os jihadistas que não mais têm refugios geográficos em paises como o afeganistão. (F)

(FIM CITAÇÃO)

No relatório da Câmara do representantes ao qual ninguém se refere pode ler-se:

Cito :

A Arte da comunicação estrategica dos terroristas evoluiu a um ponto tal que os terroristas podem controlar todo o processo de produção. Nos ùltimos anos a internet tornou-se na primeira ferramenta usada para projectar a mensagem extremista.
/.........../

A internet ajudou a Al Qaida a chegar às comunidades muçulmanas do mundo inteiro.

(FIM CITAÇÃO)

/........./

Conclusão : : Em ambos os relatórios a mensagem é semelhante.

Porém no que se refere ao relatório publico.., ninguém lhe fez referência mas no que se refere ao relatório confidencial o conteúdo deste correu o mundo.


À hora que escrevo a administração Bush já decidiu divulgar um resumo de três páginas do tal relatório confidencial e pesa a possibilidade de o divulgar na integra.

Isto é : A Administração chega também à conclusão inevitável de que não hà nada melhor para acicatar os media do que a divulgação de informações sobre relatórios secretos, confidenciais.

Caso se torne público um relatório confidencial, os media perdem interesse neste , tal como um cão que já agarrou a bola.



O fruto mais apetecido é o fruto proibido.

Nota final:

É curioso como entre os milhares de jornalistas que elaboram a noticia sobre estes acontecimentos nenhum deles parece ver o òbvio : As supostas revelações feitas ao New York Times já haviam sido publicadas dias antes pela Câmara dos Representantes , num relatório sobre a Al Qaida.


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A


Regardless Bin laden continues to capitalize on the popularity of the insurgency in Iraq to muster further support for Al Qaeda and the defeat of the Coalition.
In adition Usama Bin Laden may use extremists fighting in Iraq to launch attacks outside the country. A memo from Bin Laden to Zarkawi in 2005 indicates that bin laden was encouraging Zaeqawi and his group to consider plotting terrorist attacks against the united states and its allies.



/........./

The Coalition sucess in the global war on terrorism has forced Al Qaida core elements to reach out to other Sunni Islamist extremists groups for support.
/........./

Some of. These groups have received training weapons and funding from Al Qaeda. -39. Others have received ideological inspiration while remaining organizationally and operationally distinct.
Although these groups pose less danger to the US homeland than Al Qaedas core elements they are increasingly a threat to our interests abroad. These groups could look for na opportunity to attack the united states in the future.
Even if Usama Bin Laden is captured or killed tommorrow sunni extremist groups may seek to attack the US for decades to come.


(B)


Besides Zarqawi group Al Qaida Benefits from the support it receives from foreign fighters who have traveled to iraq to desestabilize the region. and prevent coalition forces from spreading democratic values to Iraq and its neighbours.
Foreign fighters use iraq to gain battle experience before returning home to conduct terrorist attacks against governments and civilians.



They appear to be working to make the insurgency in iraq what afghanistan was to earlier generation of jihadists around the world.
- a melting pot for jihadists around the world.

/.........../

Upon returning home they have the potential to use their knowledge credibility and popularity to recruit and train younger generations to fight against the united states and their allies.

(The foreign fighter network )


(C)

( It also examines how the Internet has helped spread jihadist ideology, and how cyberspace has become a haven for terrorist operatives who no longer have geographical refuges in countries like Afghanistan.)

(D)

The art of terrorist strategic communication has evolved to a point where the terrorists themselves can now control the entire production process.. Terrorist strategic comunication has evolded to a point where the terrorists now control the entire production process.In recent years the internet has become the primary tool used to project their extremist message )




.

/........../

( the internet has helped Al Qaida reach muslim communities around the world )



(F)

( It also examines how the Internet has helped spread jihadist ideology, and how cyberspace has become a haven for terrorist operatives who no longer have geographical refuges in countries like Afghanistan.)

O Triunfo das teorias da conspiração

O triunfo das teorias da conspiração


Vicente Jorge Silva
Jornalista
Segundo o respeitável The New York Times, um relatório confidencial dos 16 serviços secretos dos Estados Unidos, produzido ao longo dos últimos dois anos, conclui que a invasão do Iraque provocou um alastramento do fundamentalismo islâmico, do terrorismo internacional e das ameaças à segurança interna da América. Há duas ou três coisas verdadeiramente extraordinárias nessa conclusão.

A primeira é que uma rede tão extensa de entidades secretas levou dois anos a diagnosticar o que um qualquer observador sensato e não padecendo de cegueira ideológica aguda já se apercebera há, pelo menos, dois anos atrás. A segunda é o contraste demasiado flagrante entre a conclusão dos 16 serviços secretos e a doutrina oficial vigente na Casa Branca, o que suscita infinitas perplexidades sobre como é possível que o eixo principal da política externa dos Estados Unidos assente num equívoco de tal magnitude sem precedentes. Daí decorre uma terceira coisa extraordinária: se a comunidade dos serviços secretos conclui exactamente o contrário do que é defendido pela Administração da única superpotência planetária, esse divórcio ameaça conduzir a uma situação catastrófica de descrédito e erosão global da autoridade americana.

Face a tudo isto, é possível colocar hipóteses mais ou menos loucas: admitir, por exemplo, que os serviços secretos -16, ainda por cima - não servem rigorosamente para nada, ou que a política de segurança e hegemonia imperial americana pode prescindir, contra toda a evidência, das actividades, informações ou diagnósticos desses serviços - e fazer o oposto do que eles concluem. A partir daqui, a Casa Branca domesticaria radicalmente a CIA e demais agências, transformando-as em meros apêndices propagandísticos da sua política e mergulhando-as no mesmo autismo suicidário que levou a KGB a não pressentir a implosão do império soviético. Resta um cenário alternativo, à medida das célebres teorias da conspiração: os serviços secretos aparecem como uma espécie de quinta coluna ou inimigo interno, apostados em derrubar o poder político legítimo (como já se viu, aliás, em tantas ficções cinematográficas e televisivas).

As especulações delirantes fazem parte do imaginário americano, como são as de um recente e muito impressionante documentário "conspirativo" sobre o 11 de Setembro: Loose Change, de Dylan Avery, exibido há dias na 2 Mas, para já, a Casa Branca encarregou-se de desvalorizar o relatório dos serviços secretos ou a forma "tendenciosa" e "truncada" como foi publicitado pelo The New York Times. Depois, é sempre possível atribuir subrepticiamente às secretas a velha responsabilidade por grosseiros erros de análise e falta de perspectiva política (invocando até as falhas clamorosas que a CIA e outras agências evidenciaram antes e depois do 11 de Setembro).

Só que, desta vez, as costas largas das secretas já não parecem ser tão largas como eram para carregar sobre elas o aventureirismo missionário da Administração Bush. Em todo o caso, se o conjunto dos serviços de informações subscreve em peso um relatório que põe radicalmente em xeque a intervenção no Iraque - considerando-a responsável pela expansão do terrorismo -, isso não pode deixar de provocar um curto-circuito mortífero na credibilidade da Casa Branca. Quando os índices de confiança da população americana em George W. Bush caíram para níveis históricos a dois meses de eleições cruciais, esta revelação ameaça converter definitivamente Bush naquele pato coxo a que se referia, há tempos, The Economist.

Se a política iraquiana dos Estados Unidos acabou - conforme reconhecem os 16 serviços secretos americanos - por funcionar como aliada objectiva da irradiação do terrorismo, não é de surpreender que o terreno seja hoje particularmente propício às teorias conspirativas. É o caso, precisamente, de Loose Change, onde se manipulam as perturbadoras incongruências oficiais, os fios misteriosos e os buracos inexplicados do 11 de Setembro (e eles não faltam, aliás, no ataque ao Pentágono e no próprio desabamento das Torres Gémeas) para "demonstrar" que tudo não passou de uma tenebrosa conspiração da América contra si própria - como se a Al-Qaeda ou Ben Laden nunca tivessem existido ou fossem criações virtuais dos sinistros poderes ocultos americanos.

No entanto, depois da fantasia grosseira das "armas de destruição maciça" no Iraque e do palco que ali foi oferecido ao terrorismo, não será compreensível o fascínio mórbido por conspirações loucas e absurdas? Não serão elas eventualmente mais imaginativas e excitantes do que as mentiras toscas, a imbecilidade ideológica ou a incompetência militar e política - tão inverosímil que parece "conspirativa" - da Administração Bush?

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Bloggers Drive Inquiry

Bloggers Drive Inquiry on How Altered Images Saw Print





À esquerda. Foto divulgada pla reuters. Verificou-se ser alterada.
A foto não alterada vê-se à direita.


Bloggers Drive Inquiry on How Altered Images Saw Print


By JULIE BOSMAN and KATHARINE Q. SEELYE

As of yesterday afternoon, Adnan Hajj was the most-searched term on the Technorati Web site, which tracks what is being discussed in the blogosphere. And a rendering of his work was one of the most viewed videos on YouTube.

Mr. Hajj, a Lebanese photographer based in the Middle East, may not be familiar to many newspaper readers. But thanks to the swift justice of the Internet, he has been charged, tried and convicted of improperly altering photographs he took for Reuters. The pictures ran on the Reuters news service on Saturday, and were discovered almost instantly by bloggers to have been manipulated. Reuters then announced on Sunday that it had fired the freelancer. Executives said yesterday that they were still investigating why they had not discovered the manipulation before the pictures were disseminated to newspapers.

The matter has created an uproar on the Internet, where many bloggers see an anti-Israel bias in Mr. Hajj’s manipulations, which made the damage from Israeli strikes into Beirut appear worse than the original pictures had. One intensified and replicated plumes of smoke from smoldering debris. In another, he changed an image of an Israeli plane to make it look as if it had dropped three flares instead of one.

Still, Reuters officials said they were unaware that any American newspapers had run the two pictures in question, although dozens of papers, including The New York Times, have printed his pictures over the years.

The Times, which ran a picture of his as recently as Saturday on its front page, has published eight of Mr. Hajj’s Associated Press and Reuters photographs since March 2005. Times editors said a review of those pictures found none that appeared to have been changed improperly.

Still, his activities have heightened the anxiety photo editors are already experiencing in the age of digital photography, when pictures can be so easily manipulated by computer.

These advances, made broadly available to the public and professional photographers alike through Photoshop or similar software, may have made readers more skeptical of what they see in newspapers.

“They doubt the media because they understand what digital photography is,” said Torry Bruno, the associate managing editor for photography at The Chicago Tribune. “Everyone who plays with that knows what can be done.”

As a safeguard, he said, any pictures that The Tribune considers for its front page are printed out in color, 8-by-10 hard copies and displayed on the wall of the Page 1 conference room so that editors can review them throughout the day.

“I really think editors have to be diligent at looking carefully,” Mr. Bruno said. “Sometimes you can miss it on the first glance.”

But even as technology makes it easier to manipulate photographs, the blogosphere is making it easier to catch the manipulators.

Mr. Hajj’s picture ran on the news service on Saturday. The first inkling of a problem came in the form of a tip that morning to Charles Johnson, who runs a Web site called Little Green Footballs. Mr. Johnson had been among the first in 2004 to question the authenticity of documents that CBS News used to suggest that President Bush had received favorable treatment in the National Guard.

It is not clear where the tipster first saw the photos, but they were available on the Internet. Mr. Johnson, who has a background in graphic design, said that as soon as he saw the pictures, he could tell they were fake. He posted the news on his Web site on Saturday at 3:41 p.m. California time (he is based in Los Angeles), which was early Sunday morning in Beirut.

The post was spotted by a Reuters photographer in Canada, who quickly notified the editors on duty, and they began an investigation.

Paul Holmes, a senior Reuters editor who is also responsible for the agency’s standards and ethics, said the agency dealt with the matter within 18 hours.

“By the time I checked my e-mail at 10 Sunday morning, we had killed the doctored photo and suspended the photographer,” he said. The agency subsequently stopped using the photographer and has removed the 920 digital photographs of his in its archives. It is reviewing them to see if any others have been improperly altered.

The agency is also investigating how the photo slipped through its editing process.

“On Saturday, we published 2,000 photos,’’ Mr. Holmes said. “It was handled by someone on a very busy day at a more junior level than we would wish for in ideal circumstances.’’ He said this aspect of the problem was the result of “human error,” not malicious intent.

Mr. Hajj told Reuters he was merely trying to remove a speck of dust and fix the lighting in the photos, Mr. Holmes said. Several bloggers have contended that Mr. Hajj was driven by a political agenda, critical of Israel. Mr. Holmes said Reuters was trying to contact Mr. Hajj but he was not responding to messages.

The agency has tightened its procedures so all photos from the Mideast are now reviewed by senior editors.

Other news outlets have also tightened their procedures after learning the hard way about the heightened risk of photo manipulation. Last month, The Charlotte Observer fired a photographer who enhanced the color of the sky in a local photo to make it more dramatic. The Los Angeles Times fired a photographer in 2003 after he altered an Iraq photo that it ran on the front page.

Santiago Lyon, director of photography for The Associated Press, said his agency fired a photographer “in the last year” for changing a picture; he gave no further details.

The volume of photos that cross news desks and the speed with which they must be handled adds to worries of photo editors.

Mick Cochran, the director of photography for USA Today, said the paper screens about 4,000 photos every day, looking for more than digital manipulation, especially in war zones where many American outlets hire local photographers because they can travel more easily than Americans.

“We wonder, is he behind enemy lines?” he said of the kind of scrutiny that goes into examining pictures to make sure they have not been staged. “Is he getting access that isn’t normal? How did he get there?”

Jonathan Klein, the chief executive of Getty Images, said the only way to avoid such problems was to “employ people of integrity, and if you find infractions, not only take action, but take visible action.’’



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The Journalist

THE JOURNALIST

What makes an effective journalist?
I believe that these are
some of the qualities a journalist should have:

An open mind, a willingness to learn,
and the knowledge that things
are not always what they seem to be.

A belief in human dignity
and compassion upon whom
the world too often heaps indignities.

A high regard for the riches
of the English language
and an eargerness to learn its proper use.

An appreciation for the conflicts
and complexities of modern life
and an understanding that they often cannot be reconciled.

An awareness that even the best-motivated persons make mistakes
and a willingness - too seldom found among journalists - to admit your own.

A capacity for hard work and long, irregular h
uros.
An abiding concern for justice.
A dedication to the truth.
A sense of humor.


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Quem matou o Coronel ?



O Coronel com sua namorada Carla

5 perguntas sem resposta

Na investigação sobre quem assassinou o coronel Ubiratan, ainda há mais dúvidas que certezas

Andréia Leal e Wálter Nunes


O coronel da Polícia Militar Ubiratan Guimarães, de 63 anos, deputado estadual em São Paulo e candidato à reeleição, tinha, de acordo com familiares, sete armas em casa. Quando saía, carregava um revólver calibre 38. Mesmo assim, Ubiratan foi apanhado de surpresa. Ele foi assassinado na noite do sábado 9, em seu apartamento, em São Paulo. De acordo com a versão oficial, o corpo foi encontrado no domingo à noite por seus assessores, Eduardo Anastasi e coronel Gérson Vitória. Ubiratan estava caído no chão da sala, enrolado numa toalha de banho, com uma perfuração de bala no lado direito do abdome.

O coronel ficou conhecido por ter comandado a invasão policial ao presídio do Carandiru, em 1992, que terminou com 111 presos mortos. O episódio ficou conhecido mundialmente e foi censurado por dezenas de organizações de defesa dos direitos humanos. Em 2001, Ubiratan fora condenado a 632 anos de prisão, mas no início deste ano foi absolvido. Era militante da linha dura da polícia e vivia recebendo ameaças de morte. Por isso, as suspeitas iniciais ligaram o assassinato a integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A cena do crime sugeriu aos investigadores, porém, que o assassino seria alguém próximo do coronel. Não havia sinal de arrombamento e nada foi roubado. A polícia começou a trabalhar imediatamente com a hipótese de crime passional. A investigação se voltou então para a namorada do coronel, a advogada Carla Cepollina, de 40 anos, última a ser vista saindo da casa de Ubiratan.

As investigações são conduzidas pelo Departamento de Homicídios. Fora da delegacia, o advogado da família de Ubiratan, Vicente Cascione, trava uma guerra de acusações com Carla. Em depoimento, ela negou ter matado o coronel e levantou suspeitas sobre seus assessores, Eduardo Anastasi e Gérson Vitória. Cascione reforça as suspeitas sobre Carla: relata crises violentas de ciúme e insiste na tese de crime passional. As versões conflitantes, a troca de acusações e as lacunas na investigação deixam perguntas no ar. A seguir, as principais dúvidas sobre o crime.

1 Qual era a relação entre Carla, Ubiratan e os assessores dele?
Carla e Ubiratan se conheceram há quatro anos. Namoravam havia cerca de dois. Recentemente, segundo parentes e amigos dele, a relação andava turbulenta. O coronel era conhecido por ser mulherengo. Isso provocava ciúme em Carla. Vicente Cascione, o advogado da família de Ubiratan, afirma que o coronel tinha um relacionamento amoroso com a delegada da Polícia Federal Renata Madi. Na quinta-feira, investigadores da Polícia Militar ligados a Ubiratan afirmaram ter descoberto que ele também teve um caso com uma moradora de seu prédio - uma mulher casada. Carla afirmou em seu depoimento ter discutido com o coronel por causa de Renata Madi, mas disse que o namoro ia bem e os dois pensavam até em morar juntos. O fato de o coronel tê-la nomeado, em agosto, assessora parlamentar de seu gabinete, revela que eles ainda tinham uma relação próxima.

A presença de Carla irritava assessores de Ubiratan, segundo alguns deles. Eduardo Anastasi, homem de confiança de Ubiratan, que controlava sua agenda e suas finanças, reclamava das interferências dela na vida profissional do chefe. Ele afirma que, recentemente, teve discussões com Ubiratan. "Eram desentendimentos profissionais. Nada fora do comum", diz Anastasi. Ubiratan também discutira recentemente com o coronel Gérson. Carla disse à polícia que Ubiratan estava insatisfeito com os assessores e decidira demiti-los.
2 A que horas morreu o coronel?
O delegado Armando Costa Filho afirma que Ubiratan foi morto entre as 19h30 e as 20h30 do sábado. Mas, até a tarde da sexta-feira, a perícia ainda não havia divulgado laudo oficial. Saber o horário com maior precisão é crucial, pois a própria Carla afirmou à polícia ter permanecido na casa do namorado entre 18 horas e 20h30. Imagens do circuito interno do prédio onde ela mora registram sua chegada às 21h06. A delegada Renata Madi afirma que Ubiratan respondeu a um telefonema dela por volta das 19 horas. Uma vizinha do coronel relatou à reportagem de ÉPOCA ter ouvido um barulho forte entre 19 horas e 19h30, que imaginou ser uma vidraça se estilhaçando. A polícia suspeita que esse tenha sido o momento do tiro. Se Ubiratan foi realmente assassinado entre 19h30 e 20h30, Carla teria cometido - ou pelo menos presenciado - o crime. Mas, se o barulho ouvido pela vizinha não foi um tiro e se a perícia constatar que a morte ocorreu após as 20h30, o assassino poderia ser outro.

3 Qual foi e onde está a arma do crime?
Uma das armas que ficavam na casa do coronel, um revólver calibre 38, sumiu. Era, segundo Anastasi, essa a arma que Ubiratan levava quando saía de casa. Quando voltava, costumava deixá-la em cima do bar da sala. O revólver desaparecido carregava um tipo especial de munição, feito por um amigo para Ubiratan. O advogado Vicente Cascione (o mesmo que conseguiu absolver Ubiratan no processo do massacre do Carandiru), afirma que o projétil que matou o coronel é desse mesmo tipo. Para Cascione, Ubiratan foi morto com um tiro da própria arma. O laudo pericial que poderia confirmar essa informação não havia saído até o fechamento desta edição.

4 Carla Cepollina lavou a roupa que usava na noite do crime antes de entregá-la à polícia. Por quê?
A polícia recolheu a roupa da advogada para realizar perícia que detecta resíduos de pólvora ou sangue, mas as peças haviam sido lavadas e ainda estavam molhadas. Na versão de Carla, ela chegou em casa e botou as roupas para lavar, como faria em qualquer outra situação, e só depois soube do crime. Se ela realmente for a assassina, teria feito isso para eliminar provas.

5 Por que a polícia demorou a entregar aos peritos do Instituto de Criminalística os objetos recolhidos no local do crime?
No apartamento de Ubiratan, policiais recolheram copos, uma toalha com sangue, a bala do crime (encontrada alojada no sofá da sala onde o coronel estava caído), o aparelho de telefone e três celulares. Os objetos só foram enviados à perícia na quinta-feira, cinco dias depois do assassinato. A demora prejudica a investigação: com o passar dos dias, substâncias como sangue ou álcool podem se deteriorar. O delegado Armando Costa Filho afirma não ter mandado antes o material porque aguardava o reconhecimento de algumas peças pela família. Especialistas ouvidos por ÉPOCA afirmam que esse não é o procedimento normal. "O atraso é estranho, principalmente num caso de grande repercussão como este", diz Luiza Nagib Eluf, procuradora do Estado de São Paulo.




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Os mais vendidos

Bild-Zeitung was modeled after the British tabloid Daily Mirror; although its paper size is bigger, this is reflected in its mix of celebrity gossip, crime stories and political analysis. However, its articles are often considerably shorter compared to those in British tabloids, and the whole paper is thinner as well. Bild has been known to use controversial devices like sensational headlines and invented "news", to increase its readership.
The policy of having a topless women on its front page every day has also been criticised by feminist groups.


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In 1977 investigative journalist Günther Wallraff worked for four months as an editor for BILD newspaper in Hanover, giving himself the alias of "Hans Esser". In his books Der Aufmacher (Lead Story) and Zeugen der Anklage (Witnesses for the Prosecution) he portrays his experiences on the editorial staff of the paper and the journalism which he encountered there. The staff commonly displayed contempt for humanity, a lack of respect for the privacy of ordinary people and widespread conduct of unethical research and editing techniques.

Outro é o the Sun.

Clique Aqui para ver o Sun.
Visita Obrigatória




E a versão domingueira


News of the World is a British tabloid newspaper published every Sunday. It is published by News Group Newspapers of News International, itself a subsidiary of Rupert Murdoch's News Corporation and can be considered to be the Sunday version of The Sun. The newspaper tends to concentrate on lighter weight news stories such as celebrity gossip. Its fondness for sex scandals has gained it the nicknames "Sex 'n' Scandal weekly", "News of the Screws" and "Screws of the World". In December, 2002 it sold 3.78 million copies per week. The current editor is Andy Coulson, who replaced Rebekah Wade in January, 2003. She in turn had replaced Phil Hall in May 2000. The newspaper often includes one or two contentious issues amongst the celebrity scandal stories it is infamous for. These more serious stories are consistently dealt with in what has often been criticised as a populist, conservative and xenophobic manner.

News of the world
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O mundo já não cabe nas páginas do jornal


Mário Bettencourt Resendes
Jornalista
Longe vão os tempos em que um golpe de Estado num qualquer país do Terceiro Mundo tinha lugar garantido nas primeiras páginas dos grandes jornais internacionais.

Uma vasta rede de correspondentes, espalhada pelo planeta, assegurava uma cobertura competente e exaustiva dos acontecimentos. Jornalistas que, por norma, trabalhavam em exclusivo para esses gigantes da Imprensa mundial conheciam bem a actualidade das zonas por que eram responsáveis e tinham os contactos certos para saber o que se lhes exigia.

Valha a verdade que a realidade era, na altura, bem mais linear. Com o mundo dividido entre as influências norte-americana e soviética, havia, quando muito, que detectar a novidade de uma discreta presença de agentes de Pequim ou uma ou outra réstea dos antigos poderes imperiais britânicos e franceses. Os correspondentes e enviados especiais dissecavam em profundidade, nas páginas dos jornais e grandes revistas internacionais, as lutas de bastidores ou os confrontos abertos. Não seria um mundo melhor, mas era, seguramente, bem mais compreensível. E as opiniões públicas qualificadas, disponíveis para uma leitura regular da Imprensa, tinham os instrumentos indispensáveis de descodificação dos mais variados cenários.

Quando entrevistei Ted Turner, na primeira metade dos anos 90, na sede da CNN em Atlanta, recordo-me de ter considerado exagerada a sua declaração de que a estação de televisão que fundou "tinha mudado o planeta de forma irreversível". Estou hoje convencido de que Turner estava certo. Não só pela CNN mas também pelos modelos semelhantes adoptados por outras cadeias televisivas (não esquecendo os mais recentes media electrónicos), a verdade é que a percepção da actualidade global passou a construir-se a partir da imagem e não poucas vezes fica por aí. A figura do correspondente exclusivo de Imprensa entrou em vias de extinção, com os principais jornais a desinvestirem progressivamente numa área que tem custos elevados e que evidencia um retorno cada vez mais reduzido em matéria de conquista de leitores. Sobrevive um ou outro caso, em que se destaca um estilo muito pessoal e um talento raro - por exemplo, Robert Fisk ou P. J. O'Rourke -, mas a regra passou a ser o recurso crescente às agências e a desvalorização do noticiário internacional. Estabeleceu-se uma espécie de máxima, proclamando a superioridade esmagadora da "informação local", privilegia-se o "interessante" descuidando o importante, as páginas de política internacional perderam terreno em favor das news to use. Concluiu-se que a política internacional (a política doméstica é uma história com contornos diferentes...) não vende...

Se olharmos para o comportamento recente do mercado de leitura, é uma conclusão acertada. Desapareceram revistas de qualidade, como a Far Eastern Economic Review, outras subverteram as prioridades temáticas, os baluartes da Imprensa aligeiraram os conteúdos e os grafismos.

O resultado de boa parte dessas reformulações mostra, mesmo assim, uma margem relativa de optimismo. Haverá que "filtrar" os números distorcidos pelo marketing de apoio à circulação e ter presente que é nos diários generalistas, como já aqui se escreveu, que o futuro é mais problemático. Não vislumbro uma receita mágica para uma conjuntura tão difícil, a não ser o estudo atento dos casos de sucesso, conjugado com a coragem e o talento de acções de ruptura -, tendo presente que a independência de uma publicação começa a esvair-se quando o seu equilíbrio económico-financeiro entra em situação de risco.

Regressando ao noticiário internacional, tema principal deste texto, é óbvio que os editores dessa área informativa enfrentam um desafio de peso.

O mundo não cabe mais nas páginas de um jornal e reclama-se critério selectivo e criatividade para encontrar abordagens capazes de se compatibilizarem com modelos susceptíveis de garantir o futuro da Imprensa.

Será uma Imprensa, em média, com menos "qualidade"? Provavelmente, mas não dramatizemos. Os jornais de referência nunca foram produtos de massas, mas hoje dificilmente sobrevivem, remetidos, em muitos países, a nichos de mercado. Se o seu "aligeiramento" funcionar como instrumento de viabilização, o custo pode mostrar-se virtuoso. Assim consigam os jornalistas da "escrita" encontrar pontos razoáveis de equilíbrio entre o apelo da "modernidade" e a preservação da "substância" informativa. Será, em alguma medida, uma contribuição para que um número mais alargado de cidadãos conviva melhor com a complexidade dos tempos modernos.