Ataque israelita mata 18 civis
Médio Oriente Ataque israelita mata 18 civis em Beit Hanoun No ataque mais mortífero dos últimos quatro anos, o exército israelita bombardeou o Norte de Gaza, matando 18 civis. Há 7 crianças e 4 mulheres entre as vítimas. Telavive lamenta o incidente e oferece ajuda médica |
Em mais uma campanha para travar o disparo de rockets palestinianos contra cidades do Sul de Israel, o Tsahal bombardeou posições no Norte de Gaza, vitimando 18 civis, esta quarta-feira.
Em Beit Hanoun, onde os confrontos da última semana têm sido mais violentos, treze membros de uma família morreram dentro da própria casa. Entre as vítimas, encontram-se sete crianças e quatro mulheres, cujos cadáveres foram encontrados nas camas.
A reacção do lado palestiano não se fez esperar. O Presidente da Autoridade, Mahmoud Abbas, acusa Israel de não querer a paz e de minar os esforços para convencer o governo do Hamas a adoptar uma postura moderada.
Altos membros do movimento extremista apelam a uma resposta armada em território israelita.
«Israel que prepare sacos e caixões para os seus cadáveres», ameaçou Nizar Rayan, do Hamas.
Também objectivos americanos e europeus e são agora tidos como alvos da fúria extremista. Já esta quarta-feira, foram disparados tiros contra um edifício da União Europeia em Gaza.
Em Telavive, o Executivo israelita lamentou a morte de civis. Fonte do gabinente de Ehud Olmert afirma que tanto o primeiro-ministro quanto o ministro da Defesa «lamentam a morte de civis palestinianos e oferecem ajuda humanitária de emergência à Autoridade Palestiniana e assistência médica aos feridos».
Quanto à reacção internacional, a Itália considera o incidente «inaceitável». O chefe da diplomacia de Roma, Massimo D'Alema catalogou a morte de mulheres e crianças palestinianas como «um massacre», e diz ser o momento para «uma iniciativa internacional que desbloqueie a situação na Palestina».
Em Bruxelas, a comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner declarou que «Israel tem o direito de se defender, mas não pelo preço de vidas inocentes».
Em Londres, Margaret Beckett diz ser «difícil de compreender qual era o objectivo desta acção e como poderia ter sido justificada».
Também a França condena o bombardeamento efectuado sobre uma área residencial, que relembra «violar a Convenção de Genebra».
com agências
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