Bush admite pela primeira vez comparação
19.10.2006 - 13h58 AFP, PUBLICO.PT
O Presidente norte-americano refutou, no entanto, a ideia de que o Governo iraquiano é cada vez menos capaz de se auto-governar e de se auto-defender. Recusou também uma retirada prematura das tropas americanas do Iraque.
A ofensiva de Tet, levada a cabo pelos soldados norte-vietnamitas contra as tropas sul-vietnamitas e americanas, a partir de Janeiro de 1968, resultou numa pesada derrota militar imposta pelas forças comunistas. Esta batalha significou também uma vitória psicológica e marcou um momento decisivo na guerra.
O editorialista Thomas Friedman afirma no seu texto que os "jihadistas" duplicaram os ataques para aproveitar o contexto eleitoral americano, tal como fizeram os vietcongs em 1968.
O Iraque é um dos assuntos que está a dominar as eleições que se aproximam. A maioria republicana de Bush mostra-se preocupada com o evoluir da situação no terreno e teme que isso influencie os eleitores.
Presidente dos EUA acredita na liderança do Governo iraquiano
Bush começou a entrevista num tom defensivo, reconhecendo a brutalidade das acções das últimas semanas no Iraque. Desde o início de Outubro, cerca de 70 soldados americanos foram mortos no país, num dos meses mais mortíferos para o Exército dos EUA, que já perdeu mais de 2770 soldados desde a invasão, em Maio de 2003.
O Presidente americano sublinhou que "o inimigo" pretende precisamente ofuscar a determinação dos EUA, levando a cabo ataques contra as suas tropas e provocando a violência inter-religiosa.
Para Bush, o sucesso ou o fracasso da sua estratégia depende da capacidade dos iraquianos de se defenderem sozinhos e de o Governo "tomar decisões difíceis e necessárias à unificação do país". "Maliki [Nuri al-Maliki] só está no Governo há cerca de quatro meses. Acho que ele tem as qualidades necessárias para liderar um Governo de unidade", afirmou.
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