11/22/2006

Autoridades médicas britânicas ainda não conseguiram identificar veneno administrado a ex agente federal russo.


De inicio pensava-se que o ex agente russo internado em estado muito grave num estabelecimento hospitalar britânico havia sido envenenado com Thalium mas agora as autoridades hospitalares afirmam que não é esse o caso.
Dia 21 de Novembro a BBC noticiava que Litvinenko poderia ter sido envenenado com Thalium radioactivo.
O professor John Henry citado pela BBC afirmava que Litvinenko tinha sintomas consistentes with Thalium e sintomas que não eram consistentes com esse veneno .
“ Não é 100% Thalium afirmou ele “.

Horas depois a Associated Press divulgava comunicado do hospital em que o ex agente federal russo está a ser tratado onde se afirmava que o envenenamento do ex agente secreto russo não era provocado por Thalium.
No comunicado afirma-se que “ O Senhor Litvinenko está a ser tratado na unidade de cuidados intensivos..”

“ Solicitámos testes toxicologicos para determinar o que havia envenenado Litvinenko e estes assim como o quadro clinico do paciente tornam improvável que a causa do envenamento tenha sido Thalium “.
“ Serão levados a cabo novos testes para se determinar se existe ou não uma causa ùnica para o estado clinico de Litvinenko “.
Não se sabe assim ao certo que substância envenenou o ex agente russo.
“ Litvinenko foi envenenado mas pode acontecer que nunca saibamos a substância que o envenenou." - Afirmou , Amit Nathwani , um médico do Hospital onde Litvinenko está a ser tratado .

Já no dia 22 o Times de Londres noticiava que litvinenko pode ter sido envenenado com um cocktail de venenos.
Um amigo que o viu dia 21 afirmou que a saúde de litvinenko se está a deteriorar ainda mais.
O ex agente russo perdeu mais peso, fala com mais dificuldade “- Referiu esse amigo.
A CNN noticia a 22 de Novembro que litvinenko precisará de um transplante de medula òssea.
Esse facto indica que ele terá sido atingido por radiação que terá destruído as celulas sanguineas.



Alexander Litvinenko em 1988 numa conferência de Imprensa em Moscovo.
É provável que esta seja uma foto de uma conferência de imprensa onde denunciou que havia recebido ordens ilegais da chefia dos serviços de segurança federais .
O director dos Serviços era Vladimir Putin.

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O Dia fatal .



Segundo o times de Londres Litvinenko no dia em que adoeceu encontrou-se com 3 pessoas , em dois encontros diferentes.
Litvinenko encontrou-se num Hotel , com Andrey Lugovoy , o chefe da segurança de Boris Berezovsky .
Boris Berezovsky é um magnata russo que vive no reino unido.
Em 1998 Litvinenko denunciou que havia recebido ordens dos seus superiores para assassinar Berezovsky.
Essas declarações colocaram-no em choque com Putin já que era ele o Chefe dos Serviços Federais de Segurança na altura .
Berezovsky foge da Russia
Litvinenko acaba por fugir da Russia ajudado por homens de Berezovsky.

" Se continuasse na Russia não iria viver durante muito mais tempo " - Afirma Litvichenko à CNN , algum tempo depois de ser ter refugiado na Grâ Bretanha.
Agora - um de novembro de 2006 - litvinenko encontra-se com o chefe da segurança de Berezovsky num hotel de Londres.
O Chefe da Segurança vinha acompanhado com outro russo , Vladimir.
Tomaram chá.
A seguir Litvinenko encontra-se com Scaramella , um especialista em assuntos relacionados com o KGB.



Boris Berezovsky que
ajudou Litvinenko a
fugir da Rússia


A Versão de Scaramella.



Scaramella é um italiano especialista em assuntos do KGB.
Segundo ele este ano Litvinenko mesmo conseguiu fazer abortar uma tentativa de assassinato de um senador italiano que encabeçava uma comissão que estudava as actividades do KGB em itália.
Seis ucranianos foram presos.

Agora segundo Scaramella ele mesmo e Litvichenko estudam a actividade dos esquadrões da morte russos no exterior do país.
Scaramella afirma também que chegado ao restaurante japonês Litvichenko se serviu de sopa no self service e a seguir seguiram para o andar de baixo junto com scaramella .
Durante meia hora estudaram 4 páginas de E Mails que Scaramella havia recebido de uma fonte em moscovo, através de E Mail.
Nesses documentos estaria uma lista com nomes de exilados russos a ser executados a mando dos serviços secretos russos.
Tanto scaramella quanto Litvinenko encontrar-se-íam nessa lista negra.
Scaramella pode ter apresentado essa lista a Litvinenko por forma a procurar saber se essas ameaças que havia recebido eram credíveis.
Litvinenko promete investigar essa lista de marcados para morrer .
Nos documentos existia lista com os assassinos de Anna Politskaya.


A versão de Litvinenko


A versão de Litvinenko parece não contradizer a versão de Scaramella.
Litvinenko afirmou que Sacaramella o havia convidado para um encontro , no mesmo dia em que comeram juntos.
Eu servi-me de comida e Scaramella só se serviu de àgua.
“ Pelo texto dos documentos que scaramella me mostrou concluí que essas pessoas podiam ter sido os autores do assassinato de Anna Politskaya “.
“ Logo que cheguei a casa caí “ – Refere litvinenko a entrevista à Agência de notícias Izvestia .
Durante mais de dez dias os médicos não conseguiram identificar do que sofria Litvinenko.
Os primeiros sintomas de Litvinenko são confundidos com intoxicação alimentar.
Perdem-se assim quase duas semanas.
Só práticamente passadas duas semanas os testes confirmam que havia ocorrido envenenamento.
Porém à hora da redacção deste texto , dia 22 de Novembro de 2006, 22h00, a acreditar nos media, os toxilogistas britânicos ainda não haviam conseguido identicar o veneno ou venenos administrados ao ex agente federal russo.





Envenenamentos em série



O Coronel agora envenenado num livro de 2001 afirmava que os serviços secretos russos tinham um departamento especializado em envenenamentos.

Alexander Litvinenko afirmava também que o Kremlin tinha uma unidade secreta para eliminar quer a nível doméstico quer no estrangeiro , aqueles que considerava constituirem um perigo para o estado.




Em 2002 o lider Checheno Omar ibn Khattab de 34 anos morreu após ter recebido uma carta escrita com tinta envenenada.



Em 2003 o jornalista , parlamentar e crítico das políticas do Kremlin , Yury Shchekochikhin morreu .Ele investigava os atentados bombistas em Moscovo. Muitos atribuiem esses atentados aos Serviços Federais de Segurança. Os apoiantes Shchekochikhin afirmam que foi envenenado.


Em 2004 o Presidente interino da Chechénia entre 96 ou 97 , Zelimkhan Yandarbiyev , foi morto no Qatar , num atentado bombista quando o seu automóvel explodiu.
Dois agentes russos foram presos pelas autoridades do Qatar.
A Russia em retaliação pelo facto prendeu desportistas do Qatar na Russia e os agentes secretos russos foram libertados.




Ainda em 2004 o candidato pro ocidental à presidência da Ucrânia Viktor Yushchenko foi vitima de envenamento com dioxina. A sua cara ficou desfigurada e o candidato esteve às portas da morte.

Especialistas ucranianos afirmam que os serviços secretos russos estiveram por detrás do envenenamento.
Na foto o candidato à Presidência antes e depois de ter sido envenenado com Dioxina.


Anna Politkovskaya afirmava que no outono de 2004 num voo para Beslan havia sido envenenada .

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